Discentes da disciplina de Educação em Direitos Humanos, ofertada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI) da Universidade Federal da Bahia, realizaram uma atividade especial ministrando aulas com foco nos direitos de grupos minoritários e vulneráveis. A proposta buscou promover uma experiência de ensino-aprendizagem crítica, criativa e voltada para a transformação social.
A ação teve como proposta transformar cada aula em um espaço de reflexão crítica, prática pedagógica inovadora e engajamento com as questões sociais, destacando a educação como uma ferramenta fundamental para a formação de uma sociedade mais consciente e comprometida com os direitos humanos.
No contexto do ensino superior, trabalhar os direitos humanos vai muito além dos conteúdos programáticos. Trata-se de uma prática formativa que busca desenvolver cidadãos críticos, empáticos e cientes de seu papel na sociedade. A universidade, como espaço privilegiado de produção e compartilhamento do saber, tem a responsabilidade de promover uma educação que enfrente as desigualdades e reforce valores democráticos. Ensinar sobre direitos humanos, especialmente os de grupos historicamente silenciados, é também educar para o respeito, para a justiça social e para a construção de uma cultura de paz. Quando o conhecimento é tratado como um instrumento de transformação, a educação se afirma como um ato político e profundamente necessário.
Os temas abordados nas aulas foram diversos e de grande relevância social, entre eles:
- Direito das Mulheres;
- Direitos das Pessoas em Situação de Rua;
- Direito das Pessoas com Deficiência;
- Direito LGBTQIA+;
- Direito das Crianças e Adolescentes;
- Direito das Pessoas Idosas;
- Direito dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais;
- Direito das Pessoas Refugiadas e Migrantes;
- Direito das Pessoas Presas e Egressas do Sistema Penal;
- Direitos Humanos dos Consumidores.
Para cada aula, os estudantes elaboraram um plano de aula detalhado, escolheram e aplicaram metodologias ativas, propuseram atividades de fixação dos conteúdos e ainda convidaram ao menos três pessoas para assistirem às apresentações. Com isso, o debate foi ampliado para além do grupo de colegas, promovendo diálogo com diferentes públicos.
O professor responsável pela disciplina, Marcos de Souza, destacou o envolvimento da turma. Segundo ele, a atividade demonstrou um alto nível de comprometimento por parte dos discentes: “Fiquei impressionado com a seriedade, criatividade e empatia com que os estudantes prepararam e conduziram as aulas. Não apenas estudaram os temas em profundidade, mas buscaram formas sensíveis e críticas de promover a escuta, o diálogo e o respeito. É um sinal claro de que a educação em direitos humanos tem cada vez mais espaço e impacto real no ensino superior.”
A iniciativa mostra que formar cidadãos conscientes também passa por repensar o papel da universidade, que deve ser mais do que um espaço de produção de conhecimento técnico. Precisa ser, sobretudo, um terreno fértil para a construção de uma sociedade mais justa, plural e comprometida com a dignidade humana.
Com informações de: Prof. Dr. Marcos de Souza